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Silêncio.


Silêncio.
É o que ouço.

Não mais o burburinho do afeto.
Nenhuma melodia do carinho identidade.
Definha-se a árvore do bem-me-quer.
Dúvidas permeiam a certeza da eterna amorosidade.

Será que não mais será?
Creio sim, é o fim!

Agora é a hora de, por ora, não te dar mora.
Talvez, não tenha mais vez,
de prosseguir, nesse além de mim.
Sem fim!

Finda-se, assim, o que viveu
Sem ser meu, o amor teu.
Te fiz partir em pedaços mil
para não te unir em sentimento vil.

Era para ser você,
mas por não querer
em mim permanecer
deixe-te ir sem mais nem por quê.

Ouço em mim.
O silêncio de ti.

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